Sabesp

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Sabesp
Razão social Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo S.A
Tipo Empresa de capital aberto
Cotação BM&F Bovespa: SBSP3
NYSE: SBS
Indústria Saneamento Básico
Gênero Sociedade de economia mista
Fundação 29 de junho de 1973 (44 anos)
Sede São Paulo,  São Paulo
 Brasil
Proprietário(s) Governo de São Paulo
Presidente Jerson Kelman
Pessoas-chave Jerson Kelman
Empregados 16.349 (em 2009)
Produtos Serviços de Água
Serviços de Saneamento Básico
Gestão de Resíduo sólido
Valor de mercado Aumento R$ 15,187 bilhões (Jul/2014)[1]
Lucro Aumento R$ 1,923 bilhão (2013)
LAJIR Aumento R$ 4,006 bilhões (2013)
Faturamento Aumento R$ 11,315 bilhões (2013)[2]
Significado da sigla Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo.
Website oficial www.sabesp.com.br

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) é uma empresa brasileira que detém a concessão dos serviços públicos de saneamento básico no Estado de São Paulo. Seu principal acionista é o governo do Estado de São Paulo, que controla a gestão da companhia.[3]

A Sabesp é uma empresa de economia mista e capital aberto com ações negociadas nas bolsas de valores de São Paulo e de Nova York. O governo do Estado de São Paulo detém 50,3 % das ações da Sabesp. As demais são negociadas na BM&F Bovespa (24,3 %) e na NYSE (25,4 %).

Atua em serviços de abastecimento de água e de coleta de esgotos em 364 dos 645 municípios paulistas, incluindo a capital. Vinte e seis milhões de pessoas dependem dos serviços oferecidos pela empresa.[4]

Na edição 2004/2005 da Masons Water Yearbook a Sabesp foi considerada a sexta maior operadora de serviços de água e esgoto do mundo. A edição 2008/2009 destacou a atuação da empresa para que seus serviços sejam oferecidos a toda população do Estado de São Paulo até o ano de 2018 e também garantir a sustentabilidade econômica e financeira da empresa.

A empresa ainda não realiza a coleta e o tratamento de todos os esgotos e efluentes produzidos por seus consumidores.[5]

A atuação da Sabesp na Crise hídrica de 2014 em São Paulo tem sido muito criticada.[6][7][8] Um artigo baseado em dados fornecidos pela própria SABESP demonstra a responsabilidade da gestão da empresa na crise, que empurrou o Sistema Cantareira em mudança catastrófica.[9]

História da Sabesp[editar | editar código-fonte]

Criada em 1973 pelo então governador Laudo Natel por meio da Lei Estadual nº 119, de 29 de junho do mesmo ano, a Sabesp originou-se da fusão das seguintes empresas e autarquias:[10]

As seis instituições formavam o complexo do saneamento, onde se encontra, atualmente, a sede da Sabesp, em Pinheiros.
  • Comasp - Companhia Metropolitana de Águas de São Paulo;
  • Sanesp - Saneamento de São Paulo;
  • Saec - Superintendência de Águas e Esgotos da Capital;
  • Fesb - Fomento Estadual de Saneamento Básico;
  • SBS - Saneamento da Baixada Santista ;
  • Sanevale - Saneamento do Vale do Ribeira.
Empresas pré Sabesp[11]
  • CCAE - Companhia Cantareira de Água e Esgotos (1877)[12]
    • RAE - Repartição de Águas e Esgoto (1883)
      • DAE - Departamento de Águas e Esgoto (1954) - São Paulo, Guarulhos, São Caetano, Santo André e São Bernardo do Campo.

A partir de sua fundação, a Sabesp passou a operar em municípios que não faziam parte das áreas de atuação das antigas empresas. Um Estatuto Social rege a constituição e o funcionamento da Sabesp.

Modelo de Gestão descentralizado[editar | editar código-fonte]

Sede regional da Sabesp em Avaré, no interior do estado.

Em 1995, a Sabesp adotou o modelo de administração descentralizado, baseado na regionalização por bacias hidrográficas. O critério atendeu à legislação estadual de recursos hídricos, para melhor atendimento às demandas ambientais, sociais e locais de clientes e prefeituras.

Esse modelo passou a ser aplicado através de 17 Unidades de Negócio, com autonomia de gestão, aplicação e alocação de recursos.[13] As unidades seguem diretrizes centrais e estratégicas estabelecidas pela companhia. As decisões locais são comunicadas e discutidas em Assembleias dos municípios concedentes de permissões e em comissões de gestão regional, responsáveis por garantir transparência à gestão dos recursos hídricos e financeiros.

Transparência[editar | editar código-fonte]

A Sabesp privatizou parte de seu capital em 1994, possuindo 100% de ações ordinárias. Em 2002, tornou-se a primeira empresa de economia mista a aderir ao Novo Mercado da BM&F Bovespa.[14] Simultaneamente, passou a ter suas ações listadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Apesar de a maior parte das ações pertencer ao governo paulista, os papéis dos acionistas minoritários são negociados na Bolsa de Valores de São Paulo e na Bolsa de Valores de Nova Iorque.

Crise hídrica de 2014[editar | editar código-fonte]

A atuação da Sabesp diante da crise hídrica de 2014 em São Paulo é criticada sob o argumento de que sua gestão dos Sistemas Cantareira e Alto Tietê está levando os reservatórios de água da cidade de São Paulo à exaustão.[6][7][8]

Em 20 de dezembro de 2014, a presidente da Sabesp, Dilma Pena, anunciou que deixará o respectivo cargo em 2015, em meio à crise hídrica no Estado de São Paulo, por conta de desgastes em sua relação com o governador Geraldo Alckmin motivados pela situação precária da água que o Estado e a Cidade de São Paulo enfrentam.

Outro fator que estremeceu ainda mais a relação foi a divulgação de um áudio onde Dilma diz ter recebido “orientação superior” que impediu a Sabesp de alertar a população sobre a necessidade de economizar água, durante uma reunião com executivos da companhia. O governo negou que tenha vedado alertas sobre a crise hídrica. Em outro áudio, Dilma Pena chama de “teatrinho” a CPI da Sabesp na Câmara durante conversa com o vereador tucano Andrea Matarazzo.[15]

Resultados financeiros e operacionais[editar | editar código-fonte]

Ano Financeiros Operacionais
Lucro líquido
(R$ milhões)
Receita operacional
líquida (R$ milhões)
EBITDA ajustado
(R$ milhões)
Empregados Volume produzido
de água (milhões m³)
Índice de Perdas
de Faturamento (%)
Índice de Perdas
Micromedido (%)
2014[16] 903,0 11.213,2 2.918,7 14.753 2.840 21,3 29,8
2013[16] 1.923,6 11.315,6 4.006,6 15.015 3.053 24,4 31,2
2012[17] 1.911,0 10.737,0

Os presidentes da Sabesp desde 1973[editar | editar código-fonte]

  • General Luiz Phelippe Galvão Carneiro da Cunha - 1973-1975 [carece de fontes?]
  • Klauss Reinach - 1975-1977
  • Reinaldo de Barros - 1977-1979
  • Walter Coronado Antunes - junho de 1979 - 1980
  • Oscar de Souza Telles - 1980 - 1983
  • Gastão César Bierrenbach - 1983 - 1988
  • Raphael Di Cunto Júnior - 1988 - 1989
  • Gastão César Bierrenbach - 1989 - 1990
  • Lauro Péricles Gonçalves - 1990 - 1991
  • Alfredo Almeida Júnior 1991
  • Alvaro Gabriele - 1991 - 1993
  • Luiz Appolonio Neto - 1993 - 1995
  • Ariovaldo Carmignani - 1995 - 2002
  • Mauro Arce - 2002 - 2003
  • Dalmo do Valle Nogueira - 2003 - 2007
  • Gesner Oliveira - 2007 - 2011
  • Dilma Penna - 2011 - 2015
  • Jerson Kelman - 2015 - Atualmente

Estações de Tratamento de Esgoto[editar | editar código-fonte]

  • ETE ABC
  • ETE Barueri
  • ETE Parque Novo Mundo
  • ETE São Miguel
  • ETE Suzano

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «SBSP3:BM&FBOVESPA Stock Quote - Cia de Saneamento Basico do Estado de Sao Paulo». 31 de outubro de 2014. Consultado em 1 de novembro de 2014 
  2. http://www.sabesp.com.br/Calandraweb/CalandraRedirect/?temp=4&proj=investidoresnovo&pub=T&docid=99765AC4496E882F83257B67007EA7B6&docidPai=AB82F8DBCD12AE488325768C0052105E&pai=filho6
  3. Sabesp (setembro de 2014). «Composição do Capital Social». Consultado em 1 de novembro de 2014 
  4. «Fonte: site da Sabesp» 
  5. Sabesp (setembro de 2014). «Sabesp > Institucional > Números». Sabesp. Consultado em 1 de novembro de 2014 
  6. a b «Volume do sistema Alto Tietê cai para 7% em SP». UOL. 29 de outubro de 2014. Consultado em 29 de outubro de 2014 
  7. a b «Alto Tietê chega a 8,2% e iguala nível de uso do volume morto no Cantareira». G1. 23 de outubro de 2014. Consultado em 23 de outubro de 2014 
  8. a b Sérgio Reis (1 de novembro de 2014). «Quando vai acabar a água do Cantareira e do Alto Tietê? Cenários». Jornal GGN. Consultado em 1 de novembro de 2014 
  9. Coutinho, Renato M.; Roberto A. Kraenkel, Paulo I. Prado (2015). «Catastrophic Regime Shift in Water Reservoirs and São Paulo Water Supply Crisis». PLoS ONE. 10 (9): e0138278. PMID 26372224. doi:10.1371/journal.pone.0138278 
  10. http://www.diariodocentrodomundo.com.br/da-agua-da-bica-a-sabesp-a-seca-em-sao-paulo-e-culpa-de-quem/
  11. http://www.saneamento.sp.gov.br/noticia_124.html
  12. http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/na-imprensa/sabesp-restaura-a-primeira-caixa-d-agua-de-sp/
  13. «organização em unidades de negócio (fonte: website Sabesp)» 
  14. http://empresaspublicas.imprensaoficial.com.br/balancos/sabesp/sabesp2010.pdf
  15. http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/12/presidente-da-sabesp-deixa-cargo-em-2015-apos-enfrentar-crise-hidrica.html
  16. a b Sabesp (26 de março de 2013). «SABESP anuncia resultado de 2014» (PDF) (pdf). Consultado em 31 de março de 2015 
  17. Valor Econômico (22 de março de 2013). «Sabesp: lucro líquido cresce 55,3% no quarto tri, a R$ 765,4 milhões». Consultado em 4 de março de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]